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Empresa rica, dono pobre. Dono rico, empresa pobre,

  • Cezinha Anjos
  • 13 de jul. de 2017
  • 4 min de leitura

Vou contar uma história para você. Essa semana eu fui na padaria que era a melhor da cidade, a padaria do Nelson.


Mas, infelizmente, hoje ela está bem longe de ser a melhor.


A padaria estava feia e os equipamentos pareciam velhos. Dava para ver que ela não tinha uma manutenção há muito tempo. Além disso, as opções eram pouquíssimas e o estoque parecia estar vazio.


A padaria do Nelson, que antes era a melhor da cidade, está em decadência.


O Nelson, em compensação, está bem. Anda com o carro do ano, tem vários imóveis que aluga e gera uma boa renda. A padaria está perto de falir e já não gera renda, então ele vive desses alugueis e investimentos.


Essa é uma história fictícia, mas tenho certeza que você já deve ter imaginado logo de cara alguma empresa e algum Nelson com essas características, acertei?

Empresa rica, dono pobre. Dono rico, empresa pobre.


Você conhece esse o ditado: Empresa rica, dono pobre. Dono rico, empresa pobre?


Ele é bem conhecido entre gestores e empreendedores. E é a resposta para a pergunta: por que a empresa do Nelson está quebrando?


É muito simples: o Nelson parou de investir no seu negócio e começou a retirar o dinheiro da padaria para uso pessoal. Faltou investimento. Praticamente todo o dinheiro que deveria ser reinvestido na empresa era retirado do caixa para as contas pessoais do Nelson.


O Nelson acha que não poderia ter tomado melhor decisão. Afinal, com os imóveis e investimentos, a sua renda está boa e ele consegue ter um padrão alto de vida. Mas, esse pode ser um grande engano pois, se o Nelson tivesse reinvestido na padaria, poderia ganhar muito mais com ela do que está ganhando hoje com esses outros investimentos.


O Nelson esqueceu completamente que a empresa também é um bem dele e, como todo bem, precisa de manutenção e orçamento destinado.


A padaria do Nelson está sofrendo de falta de capital de giro.


Empreendedor: quanto você custa para o seu negócio?


Você já parou para se questionar sobre isso? Você sabe quanto tira da empresa mensalmente para cobrir os seus gastos?


Vamos ajudar a chegar nesse valor. Mas, antes precisamos falar sobre gastos da empresa e gastos pessoais.


É essencial para o sucesso da empresa que os gastos pessoais sejam separados dos da empresa, até mesmo para evitar problemas com o Fisco.


O ideal é que você tire o seu pró-labore no início do mês. Mas, sabemos que por muitas vezes isso não é possível e a solução é fazer pequenas retiradas durante o mês corrente.


Essas retiradas também devem ser vistas como seu pró-labore, é como se você pegasse o seu salário de forma parcelada.


Se você faz uma única retirada no começo do mês, o trabalho é menor: é só registrar e categorizar esse gasto no fluxo de caixa da empresa como pró-labore.


Agora, se você faz pequenas retiradas, isso não significa que a sua gestão financeira precisa ficar comprometida!


O importante é não esquecer de registrar nenhuma retirada, até as menores precisam de atenção. Sabe quando você retira do caixa da empresa 50 reais para abastecer o seu carro? Essa retirada também precisa ser registrada como seu pró-labore.


Você vai notar, quando ter esse controle, que até as despesas pequenas podem trazer um grande impacto para o seu negócio se não forem administradas.


Além disso, com esse registro, você conseguirá entender no final do mês o quanto foi retirado da empresa por você, ou seja, o quanto você custa para o seu negócio.


Lembre-se: qualquer retirada que você faça para pagar seus gastos pessoais deve ser registrada como seu pró-labore e não como um gasto da empresa. Por exemplo: a conta de energia elétrica da sua casa não deve ser registrada como energia elétrica e sim como pró-labore.


Assim, você não compromete o seu DRE e o fluxo de caixa categorizado continua fazendo sentido para a sua empresa.


Dono pobre? Como assim?


Quando falamos sobre dono pobre é preciso ter cuidado para não haver uma grande confusão.


Ser um dono pobre não significa que o seu salário deva ser baixo, mas sim sustentável para a empresa.


Vamos explicar melhor: pode ser que no começo da empresa você realmente não consiga fazer retiradas significativas. E pode ser até que algum colaborador ganhe mais do que você. E tudo bem! Esse é um processo normal em uma empresa nova.


Mas, conforme ela vai se estruturando e tendo mais lucro, o seu pró-labore pode ser maior também.


A ideia de dono pobre é que você vai ganhar menos do que todo o lucro da empresa, mas pode ser que chegue o momento que seja sustentável você ter um pró-labore de R$ 100.000,00 e nós estamos torcendo por isso!


Você não pode se esquecer também que, conforme a sua empresa for crescendo, a participação de lucros também aumenta, gerando uma renda maior para você. Essa é feita normalmente no final do ano, depois de separar o montante para ser reinvestido.


Resumindo: ser um dono pobre é ser pobre em relação a empresa. A empresa sempre deve ficar com a maior parte dos recursos que ela gera em relação a você.


Fonte: Asseinfo



 
 
 

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